O Brasil tem o maior nível de impostos sobre vendas e consumo no mundo!

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A UHY, rede internacional de contabilidade e consultoria, representada no país pela UHY Moreira-Auditores, realizou uma pesquisa para avaliar a cobrança de impostos sobre vendas e consumo de 22 países incluindo os membros do G8 (Estados Unidos, Japão, Alemanha, Reino Unido, França, Itália, Canadá e Rússia) e do BRIC (Brasil, Rússia, Índia e China).

O governo brasileiro toma 28,7% do valor total da cesta de bens e serviços mediante impostos. Para Diogo Moreira, diretor executivo da UHY Moreira, “com os impostos de vendas e consumo bem acima da média, o Brasil continuará a notar a sobrecarga no movimento da economia do consumidor. E isso não vai ajudar o crescimento econômico brasileiro”. Moreira acredita que a redução da taxa de impostos de vendas deveria ser uma aposta considerável.

Em média, os governos europeus são responsáveis por 15,5% do preço da cesta de bens e serviços. Isso se compara a uma média de 13,8% para todos os países; 12,3% nos países do G8; e 8,2% nos países da Ásia-Pacífico.

“O Brasil, a exemplo de muitas economias em desenvolvimento, depende muito mais de impostos sobre vendas do que em imposto de renda, em comparação com seus homólogos economicamente mais desenvolvidos. Impostos de renda mais baixos podem ter um efeito positivo sobre a produtividade, uma vez que incentiva às pessoas a trabalhar mais e aos empresários a gerar mais riqueza. No entanto, permanece a dúvida se estas elevadas taxas de consumo têm dificultado o crescimento de elementos de consumo da economia brasileira”, ressalta Moreira.

Os impostos no Brasil estão entre os mais altos do mundo graças às cobrança sobre energia elétrica (27% do preço correspondente a imposto, em comparação com uma média global de 13%); roupas infantis (27%, 11%), iPads (27%, 11%) e refeições em restaurantes (27%, 11%). Sobre o vinho nós carregamos o segundo maior nível de impostos: 44% do preço em comparação com os 23% da média global.

Moreira explica que os crescentes impostos sobre vendas e consumo colocam uma grande pressão sobre os resultados das empresas e que, a fim de competir em preço e manter clientes ativos, algumas empresas podem optar por absorver impostos sobre vendas, especialmente se são elevados significativamente ou repetidamente.

“Com o domínio crescente do comércio eletrônico, especialmente no varejo, muitas empresas vão perceber que os seus concorrentes estão agora baseados no exterior, em países com impostos sobre vendas mais baixos. Isso faz com que o ato de absorver aumentos de impostos nacionais seja ainda mais importante”, finaliza Moreira.

Fonte: Portal do Canal

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